sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

Espinhos big data parte 2

Na postagem “Espinhos do big data” (“O big data oferece a vantagem da individualização dos clientes. No entanto, este benefício deveria ser utilizado pelos gestores para aumentar vendas e não para subir preços conforme o perfil”,
http://itgovrm.blogspot.com.br/2013/10/espinhos-do-big-data.html?showComment=1383171875466&m=1#c631931005 9414619959) publicada em 28 de outubro de 2013 eu afirmei que a personalização do atendimento seria uma poderosa ferramenta para o varejo.

O artigo "MP pede indenização do Decolar.com por cobrar mais caro de brasileiros" (https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2018/02/06/mp-pede-indenizacao-do-decolarcom-por-cobrar-mais-caro-de-brasileiros.htm) revelou que a agência de turismo decolar.com usava o perfil do consumidor para cobrar valores diferentes nos hotéis de São Paulo e Rio de janeiro de brasileiros e estrangeiros.  A agência também bloqueava ofertas conforme a localização do cliente.

A personalização do atendimento proporcionada pelo big data permite a criação deste tipo de espinho. No entanto, é preciso destacar que existe um outro lado desta moeda. Na postagem “Espinhos do big data” eu afirmei que a diferenciação de preços conforme o perfil do consumidor cria oportunidades de negócios. Por exemplo, o bloqueio de ofertas por localização é facilmente anulado pelo uso de filtros de VPN que permitem originar o acesso de um local diferente da localização física do cliente.


Caso as denúncias contra a agência sejam verdadeiras, ela criou na realidade um incentivo para que os consumidores busquem apresentar no ecommerce um perfil que lhes assegure o menor preço. Não será surpresa se no futuro existir a comercialização de perfis para o ecommerce caso fiquem comprovadas práticas de preço conforme o perfil no ecommerce. Da mesma forma que tivemos o escândalo dos seguidores citar nota em 2018 (Após fraude, famosos perdem 1 mi de seguidores no Twitter, http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2018/02/1954904-apos-fraude-famosos-perdem-1-mi-de-seguidores-no-twitter.shtml) teremos em breve no futuro um escândalo sobre perfis de ecommerce.

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